CIMENTO NASSAU: QUASE SEM POLICIAIS NAS RUAS E GOVERNO FAZ MEGA OPERAÇÃO PARA REINTEGRAR TERRAS DE MILIONÁRIO, DONO DO CIMENTO NASSAU


É de conhecimento público que policiais militares pernambucanos deflagraram, há mais de um mês, a Operação Padrão, a qual preza pela legalidade de um movimento que reivindica melhores condições de trabalho, cujo carro-chefe é a negativa legal de tirar os Serviços Extras Voluntários-PJES, serviços estes que privam o policial de sua merecida folga após uma jornada de trabalho perigosa e estressante, além de proporcionar mais risco de vida, pelo fato do policial estar mais tempo nas ruas frente a frente com a criminalidade, sem esquecer que a falta de descanso acarreta em inúmeros problemas de saúde. 

O Governo quer suprir a necessidade do estado, digo, carência de policiais, escravizando os militares, explorando seu trabalho até a última gota de sangue, e quando o policial não aguenta mais tanto trabalho, adoece, e se sente desamparado, pois o CMH, Hospital da Polícia, está sucateado, literalmente na UTI, e não dá assistência digna aos militares, ou seja, os Policiais de Pernambuco estão sendo destruídos, explorados, esmagados; em uma busca incessante de números positivos para o Pacto pela Vida, que já foi assassinado, morto com Eduardo Campos, há muito tempo, o governo esquece que os policiais são seres humanos, pais de família, vidas que precisam ser cuidadas, por quem se propôs, nas eleições, a cuidar do povo.
Fato é que,
em virtude de 98% dos policiais se afastarem do PJES durante a Operação Padrão, o efetivo à disposição da sociedade pernambucana foi drasticamente reduzido, haja vista que o quantitativo geral já se encontra defasado, necessitando a PMPE preencher as lacunas da falta de policiais via PJES.

A despeito do cenário atual, em que policiais e Governo não chegam a um consenso, hoje foi iniciada uma reintegração de posse de propriedade pertencente à família do falecido mega empresário João Pereira dos Santos (Serra Talhada, 26 de outubro de 1907 - Recife, falecimento 16 de abril de 2009) foi um industrial e economista brasileiro nascido no estado de Pernambuco. 
João Pereira dos Santos
É chamado por seus pares de “empreendedor destemido”. É o fundador do Grupo Industrial João Santos, produtor do Cimento Nassau, e considerado um dos três mais importantes conglomerados do Nordeste, ao lado da Organização Odebrecht e do Grupo Queiroz Galvão. A primeira fábrica do cimento Nassau começou em 1951 com a abertura da Itapessoca Agro Industrial, dando largada à fundação de outras doze fábricas de cimento em onze estados do País.
O grupo, que hoje abriga 24 empresas no Brasil, gera 10 mil empregos diretos distribuídos ainda em investimentos em pecuária, agricultura – plantações de bambu para as fábricas de papel e celulose de Pernambuco e do Maranhão -, e em usinas de açúcar e álcool, além de atuar com táxi aéreo, com a empresa Weston, e a transportadora Itamaracá que faz parte da logística do cimento.

Para dar conta do procedimento, a Polícia Militar de Pernambuco e a Administração Pública montaram uma Mega Operação que envolveu: BPRv, K9 (Canil), CIPOMA, GATI, Batalhão de Área, CHOQUE, Cavalaria, Bombeiro, Samu, tendas, trailers, banheiros químicos, tratores, reboques, ônibus, etc. Uma Mega Operação para reaver a propriedade, em Mangue Seco, do falecido.

Assim, em um período em que o quantitativo policial consta reduzido, e a sociedade carente de segurança, a PMPE redireciona parte significativa de seu efetivo para dar apoio a uma reintegração de posse de propriedade particular. 
Não se está aqui recusando a necessidade de força policial a resguardar o direito constitucional de propriedade, mas, apenas, o momento dessa disponibilização, quando a sociedade está mais necessitada de efetivo nas ruas para prestar segurança a quem paga seus impostos e merece um serviço de qualidade, lembrando que para se ter uma segurança pública eficiente, necessariamente deve-se motivar e valorizar seus profissionais, e não perseguir, transferir, cassar férias, obrigar a trabalhar excessivamente...
Viatura do Bombeiro disponível para a reintegração de propriedade particular 
Aparato para reintegração, tendas, viaturas, banheiros químicos
Barracos construídos pelos Posseiros


Comentários